
O que é a Gestão?
A gestão é o processo de se conseguir obter resultados com o esforço dos outros. Pressupõe a existência de uma organização, isto é, várias pessoas que desenvolvem uma atividade em conjunto para melhor atingirem objetivos comuns.
É um processo complexo que requer várias habilidades e competências. Primeiramente, os gestores precisam conseguir comunicar efetivamente com as pessoas que lideram. Além disso, devem conseguir motivar e inspirar as suas equipas, fornecer orientações claras e garantir a colaboração entre os membros da equipa.
Além disso, a gestão envolve um planeamento cuidadoso para determinar a afetação e o controlo de recursos financeiros e materiais disponíveis. Gerir implica decidir. Desde logo, decidir que objetivos prosseguir e qual a sua hierarquia em termos de relevância. Depois quais os caminhos a seguir para os atingir, como organizar os recursos, como dirigir os subordinados e como analisar em que medida as realizações correspondem ou não ao planeamento efetuado.
Os gestores precisam estar cientes das limitações orçamentárias e materiais e, devem tomar decisões estratégicas sobre onde investir o dinheiro e o tempo. Essas decisões podem ser difíceis e exigir uma análise cuidadosa dos riscos e oportunidades envolvidos.
A tarefa da gestão é interpretar os objetivos propostos e transformá-los em ação empresarial através do planeamento, organização, direção e controlo de modo a atingir os objetivos.
Gestão é o processo de planear, organizar, dirigir e controlar os recursos de uma organização (sejam eles financeiros, humanos, materiais ou tecnológicos) para atingir metas e objetivos pré-determinados. Pode ser aplicada em diferentes contextos, como empresas, organizações sem fins lucrativos, governos e até mesmo na gestão pessoal. Em qualquer um desses contextos, envolve tomar decisões, dirigir responsabilidades, coordenar atividades e avaliar o desempenho para garantir o sucesso da organização e o alcance dos seus objetivos.
Os gestores desempenham um papel fundamental na gestão, sendo responsáveis por liderar as equipas, implementar estratégias, tomar decisões e gerir recursos para alcançar os resultados desejados.
Por que a Gestão é tão importante?
A gestão é extremamente importante em qualquer organização. Algumas das principais razões pelas quais é tão importante incluem:
- Alcançar metas e objetivos: ajuda a definir metas e objetivos claros para a organização e fornece um plano para alcançá-los. Sem gestão, a organização pode não ter um direcionamento claro e pode ter dificuldades para alcançar os seus objetivos.
- Tomada de decisão: é responsável por tomar decisões importantes e estratégicas para a organização. Através de uma abordagem sistemática e baseada em dados, a gestão pode tomar decisões mais informadas e eficazes.
- Coordenação de recursos: é responsável por coordenar os recursos da organização, incluindo os recursos financeiros, humanos, materiais e tecnológicos. A gestão pode garantir que esses recursos sejam utilizados eficientemente e eficaz para atender às necessidades da organização.
- Motivação da equipa: pode motivar a equipa, criando um ambiente de trabalho positivo e incentivando a produtividade dos colaboradores. Isso pode levar a um aumento na satisfação do cliente e a um melhor desempenho geral da organização.
- Análise de desempenho: pode avaliar o desempenho da organização em relação aos seus objetivos e metas. Isso permite que a organização identifique áreas de melhoria e faça ajustes para melhorar o seu desempenho.
Em resumo, a gestão é fundamental para o sucesso de qualquer organização. Ela permite que a organização alcance os seus objetivos, tome decisões mais informadas, coordene os seus recursos eficientemente, motive a sua equipa e monitorize o seu desempenho.
Evolução da Gestão
A gestão tem evoluído ao longo do tempo para atender às necessidades e à constante mudança das organizações e sociedade em geral. Algumas das principais evoluções na gestão incluem:
- Gestão Científica: no início do século XX, Frederick Taylor desenvolveu a teoria da gestão científica, que procurava maximizar a eficiência e a produtividade das tarefas operacionais, através da análise e estudo detalhado de cada uma das etapas de um processo produtivo.
- Teoria Clássica da Administração: com o passar do tempo, Henri Fayol desenvolveu a Teoria Clássica da Administração, que pretendia aplicar princípios gerais de administração e gestão em todos os tipos de organizações, independentemente do seu setor ou tamanho.
- Abordagem Comportamental: durante a década de 1950, surgiram novas teorias que começaram a considerar a importância das pessoas na gestão das organizações, dando origem à abordagem comportamental, que visava entender e influenciar o comportamento humano nas organizações.
- Abordagem Sistémica: na década de 1960, surgiu a abordagem sistémica, cujo objetivo era entender as organizações como sistemas complexos, compostos por diversos subsistemas interdependentes, que devem ser geridos de forma integrada para atingir os objetivos da organização.
- Gestão da Qualidade Total: na década de 1980, a Gestão da Qualidade Total tornou-se popular, focando na melhoria contínua dos processos de uma organização, visando a satisfação do cliente e a maximização da qualidade.
- Gestão do Conhecimento: a partir da década de 1990, a gestão do conhecimento começou a ganhar destaque, como uma forma de gerir o conhecimento na organização, criando uma cultura de aprendizado e inovação.
- Gestão Estratégica: na década de 2000, a gestão estratégica tornou-se essencial para as organizações, visando a criação e implementação de estratégias que permitam à organização adaptar-se e responder rapidamente às mudanças do ambiente externo.
Estas são apenas algumas das evoluções na gestão ao longo do tempo, e cada uma delas trouxe novas teorias, técnicas e ferramentas para os gestores gerirem as organizações de maneira
Tipos de Gestão
Após descrever o verdadeiro conceito, as suas características e a sua evolução, é relevante mencionar o tipo de gestão que se pode encontrar nas entidades, sendo que estas podem assumir vários tipos:
Democrática
A gestão democrática é um modelo em que os processos decisórios são tomados de forma participativa, transparente e inclusiva. Nesse modelo, as decisões são tomadas coletivamente, com a participação de todos os envolvidos, considerando as opiniões, sugestões e ideias de todos os membros da equipa ou comunidade envolvida. A gestão democrática é baseada na crença de que a participação das pessoas envolvidas na organização é essencial para o sucesso e a sustentabilidade de longo prazo da organização. Dessa forma, visa garantir que todos os envolvidos sejam ouvidos, que haja transparência nas decisões e as decisões sejam implementadas de forma justa e equitativa.
Alguns dos princípios da gestão democrática incluem:
- Participação ativa de todos os envolvidos nas decisões da organização;
- Transparência e prestação de contas nas decisões tomadas;
- Tomada de decisões com base em informações e dados concretos;
- Respeito às opiniões e ideias dos outros;
- Inclusão e diversidade nas decisões tomadas.
A gestão democrática é frequentemente utilizada em organizações sem fins lucrativos, como escolas, associações e cooperativas, mas também pode ser aplicada em organizações com fins lucrativos. Embora possa ser desafiador e demorado, a gestão democrática pode ajudar a aumentar a motivação e o comprometimento das pessoas envolvidas, além de levar a melhores resultados e decisões mais bem informadas.
Meritocrática
A gestão meritocrática é um modelo baseado na ideia de que as promoções e recompensas dentro de uma organização devem ser baseadas no mérito e no desempenho individual. Nesse modelo, os funcionários são avaliados com base na sua produtividade, qualidade de trabalho, iniciativa e outras habilidades e competências relevantes para a organização. Aqueles que demonstram um desempenho superior são recompensados com promoções, aumentos salariais e outros benefícios.
A gestão meritocrática é baseada na crença de que recompensar os funcionários com base no mérito pode levar a um aumento da motivação, produtividade e qualidade do trabalho. Além disso, ela pode ajudar a reter e atrair talentos, pois os funcionários que trabalham arduamente e demonstram um alto desempenho são recompensados de forma justa e adequada.
No entanto, a gestão meritocrática também pode ter desvantagens. Algumas críticas apontam que ela pode levar a uma competição excessiva entre os funcionários e desencorajar a colaboração e o trabalho em equipa. Além disso, algumas pessoas podem ter desvantagens estruturais e sociais que as impedem de ter as mesmas oportunidades de alcançar o sucesso dentro da organização.
Foco Nos Resultados
A gestão com foco nos resultados é um modelo de gestão que tem como objetivo principal alcançar metas e resultados específicos dentro de uma organização. Nesse modelo, as ações são planeadas e implementadas de forma estratégica, com o objetivo de alcançar os resultados desejados.
Esse modelo de gestão é baseado na ideia de que os resultados devem ser o foco principal da organização, e que todas as atividades e esforços devem estar alinhados com os objetivos a serem alcançados. Isso envolve a definição clara de metas e objetivos, a definição de indicadores de desempenho e a monitorização constante do progresso em direção aos resultados desejados.
A gestão com foco nos resultados é usada, essencialmente, em organizações com fins lucrativos, mas também pode ser aplicada em organizações sem fins lucrativos e governamentais. Uma das principais vantagens desse modelo de gestão é que ele permite que as organizações se concentrem em objetivos tangíveis e mensuráveis, o que pode levar a uma melhoria na eficiência e na eficácia das operações.
No entanto, a gestão com foco nos resultados também pode ter desvantagens. Ela pode levar a uma abordagem excessivamente orientada para resultados, em detrimento de outros aspetos importantes, como a qualidade do trabalho, a satisfação dos funcionários e a responsabilidade social e ambiental. Além disso, pode ser difícil quantificar e medir todos os resultados desejados, o que pode levar a uma avaliação injusta do desempenho dos funcionários.
Foco Nos Processos
A gestão com foco nos processos é um modelo de gestão que tem como objetivo principal aprimorar os processos organizacionais, com o objetivo de melhorar a eficiência e a eficácia da organização como um todo. Nesse modelo, os processos são definidos e documentados de forma clara, e são constantemente monitorizados e melhorados.
A gestão com foco nos processos é baseada na ideia de que a melhoria contínua dos processos pode levar a uma melhoria geral do desempenho da organização. Isso envolve a identificação e a análise dos processos existentes, a definição de padrões de qualidade e desempenho, a identificação de problemas, e a implementação de soluções para aprimorar os processos.
Uma das principais vantagens da gestão com foco nos processos é que ela pode levar a uma maior eficiência e eficácia da organização, o que pode levar a uma redução de custos e a um aumento da qualidade do trabalho. Além disso, ela pode ajudar a melhorar a comunicação e a colaboração entre as equipas, permitindo que a organização funcione de forma mais integrada e efetiva.
No entanto, a gestão com foco em processos também pode ter desvantagens. Ela pode levar a uma abordagem excessivamente orientada para processos, em detrimento de outros aspetos importantes, como a criatividade e a inovação. Além disso, pode ser difícil quantificar os resultados e a efetividade das melhorias nos processos. Em resumo, a gestão com foco nos processos pode ser eficaz para melhorar a eficiência e a eficácia da organização, mas é importante considerar as possíveis desvantagens e garantir que ela seja aplicada de forma equilibrada e justa, levando em conta outros aspetos importantes da organização.
Autoritária
A gestão autoritária é um modelo de gestão que se baseia no poder concentrado nas mãos de um ou poucos indivíduos, que tomam decisões sem levar em conta a opinião dos demais membros da organização. Nesse modelo, as decisões são tomadas de cima para baixo, sem dar voz aos funcionários ou colaboradores da organização.
Esse modelo de gestão é baseado na ideia de que a autoridade e o poder são os principais elementos para o sucesso da organização. Ele é frequentemente utilizado em organizações militares, governamentais e em alguns setores do mundo empresarial.
No entanto, a gestão autoritária pode ter muitas desvantagens. Ela pode levar a uma falta de comunicação e cooperação entre os membros da organização, o que pode levar a um ambiente de trabalho hostil e desmotivador. Além disso, a tomada de decisões unilaterais pode levar a decisões inadequadas, que prejudicam a organização em vez de ajudá-la.
Outra desvantagem da gestão autoritária é que ela pode limitar a criatividade e a inovação, uma vez que a iniciativa dos funcionários é desencorajada e até mesmo suprimida. Isso pode levar a uma falta de motivação dos funcionários, o que pode afetar negativamente a produtividade e a qualidade do trabalho.
Cadeia De Valor
A gestão por cadeia de valor é um modelo de gestão que tem como objetivo maximizar o valor entregue aos clientes através da otimização de todos os processos envolvidos na produção e distribuição de um produto ou serviço. Nesse modelo, a organização é vista como uma cadeia de valor, onde cada etapa é importante e deve ser gerida de forma eficiente e eficaz.
A cadeia de valor é composta por atividades primárias e atividades de suporte. As atividades primárias estão diretamente relacionadas à produção e entrega do produto ou serviço, como a logística, a produção e as vendas. Já as atividades de suporte fornecem suporte às atividades primárias, como a gestão de recursos humanos, a tecnologia da informação e as finanças.
O objetivo da gestão por cadeia de valor é identificar as atividades que agregam valor ao produto ou serviço, e otimizá-las para que possam ser executadas de forma mais eficiente e eficaz. Isso envolve a identificação dos pontos fortes e fracos de cada atividade, bem como a análise das interações entre elas.
Uma das principais vantagens da gestão por cadeia de valor é que ela pode levar a uma redução de custos e a um aumento da eficiência da organização. Além disso, ela pode ajudar a aumentar a satisfação do cliente, uma vez que a organização está focada em entregar valor ao cliente através de um produto ou serviço de alta qualidade.
No entanto, a gestão por cadeia de valor também pode ter desvantagens. Ela pode levar a uma abordagem excessivamente orientada para processos, em detrimento de outros aspetos importantes, como a criatividade e a inovação. Além disso, pode ser difícil quantificar os resultados e a efetividade das melhorias na cadeia de valor.
Ferramentas de Gestão
Não obstante, existem várias ferramentas que os gestores podem recorrer para melhorar a sua forma de atuação, sendo algumas delas enumeradas a seguir, sendo relevante realçar que a sua metodologia e características, acompanhado de um template, estão disponíveis no nosso site:
- 5W2H
- PDCA
- Objetivos SMART
- Análise SWOT
- Análise PEST
- Análise 5 Forças de Porter
- Matriz BCG
- Matriz de Ansoff
- Pirâmide de Maslow
- Plano de Negócios
- Canvas
- Business Model Canvas
- PM Canvas
- PMBOK
- Matriz GUT
- Diagrama de Ishikawa (Diagrama de Causa-Efeito)
- Árvore do Problema
- Ficha de Personas
- 4Ps da Inovação
- Orçamento de Base Zero
- Mapa Mental
- Six Sigma
- DMADV
- DMAIC
- Kanban
- Scrum/Agile
- Waterfall
- Balanced Scorecard
- KPI
- Produtividade
- Princípio de Pareto 80/20
- Matriz de Eisenhower
- Técnica Pomodoro
- Modelo GROW
FONTES:
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