As novas tecnologias vieram revolucionar a vida humana, levando a uma maior automatização do dia a dia de todos. O setor da aviação não fica atrás neste percurso cada vez mais tecnológico, sendo que a sua evolução leva a algumas tendências esperadas nos próximos anos.
Aviões pequenos em voos longos
A título de exemplo, a dupla Airbus A320 e Boeing 737 iniciaram as suas carreiras na aviação cumprindo voos curtos e médios. No entanto, com a chegada de novas tecnologias, sobretudo na área dos motores, a última geração destes modelos é, atualmente, mais eficiente e pode ser usada em voos de longo alcance sem escalas o que é algo que até há pouco tempo só era possível com aviões de grande porte, que transportam mais combustível.
Para as companhias aéreas, empregar aviões com esse perfil em rotas longas é interessante para atender mercados de baixa e média procura de passageiros. Outra vantagem é que, ao consumirem menos combustível, os custos operacionais desses aviões são reduzidos, o que reflete no preço mais baixo das passagens aéreas.
Combustível de Aviação Sustentável
A Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), agência da ONU que reúne 197 países-membros, tem a meta de atingir emissões líquidas de zero carbono no setor aéreo até 2050. Um dos caminhos para alcançar esse objetivo é a introdução do SAF, acrónimo em inglês para “Combustível de Aviação Sustentável”.
O SAF é produzido a partir de biomassa ou carbono reciclado. Pode ser óleo de cozinha usado, sedimentos de plantações e até resíduos urbanos.
O resultado é um combustível mais limpo, com uma redução até 90% do material particulado e até 100% do enxofre.
A nível mundial, pretende-se lançar novos aviões com metas mais sustentáveis, visando neutralizar a emissão de carbono até 2040. Já existe um projeto em desenvolvimento de uma aeronave turboélice, que terá os motores na cauda. A capacidade dessa mesma aeronave seria de 70 a 90 passageiros e o seu nível de consumo de combustível deve ser 20% a menos que os jatos já utilizados.
Aviação eletrificada
Outra solução para reduzir significativamente as emissões poluentes da aviação, ou mesmo anulá-las é a utilização de aviões com motores elétricos.
As tecnologias para o desenvolvimento desses aviões já existem, no entanto, ainda são iniciantes para aplicação no setor aéreo comercial. Em veículos elétricos, a maior parte do peso provém dos conjuntos de baterias. Funciona bem em terra firme, tanto que já existem automóveis elétricos com bons números de autonomia, mas voar é mais complexo.
Outra possibilidade posta em “cima da mesa” é a existência de aviões híbridos. Além de ser uma tecnologia amplamente conhecida, a sua aplicação na aviação é viável pois permite reduzir o peso das baterias em relação a um projeto 100% elétrico.
Espera-se que os aviões comerciais com motores elétricos e híbridos só deverão chegar ao mercado entre as décadas de 2030 e 2040.
eVTOL
Muitas vezes chamados de “carros voadores”, são pequenas aeronaves com formatos exóticos que estão cada vez mais próximos de serem inaugurados.
A sigla VTOL, do inglês vertical take-off and landing (pouso e decolagem verticais), é uma referência ao estilo de voo dos helicópteros ou outras aeronaves que podem pousar e decolar na vertical.
No eVTOL, acrescenta-se o elemento da motorização totalmente elétrica. E não faltam empresas envolvidas em projetos desse nicho, desde a conceção dos veículos, as ferramentas de reserva de voos, portos de embarque e desembarque e o controlo de tráfego aéreo, que deve ser preparado para futuramente lidar com eVTOLs autónomos.
Além de revolucionários estes meios de transporte serão preparados para prestar serviços acessíveis ao consumidor.
Aviões comerciais supersónicos
O Concorde, foi o último avião supersónico de passageiros que atuou no mercado, tendo a capacidade de voar com 120 passageiros a mais de 2.500 km/h (mais de duas vezes a velocidade do som) por 7.200 km.
No entanto, foi verificado que este transporte causava danos ambientais significativos, levando a que este projeto não tivesse grande sucesso.
Com a inovação tecnológica, espera-se que estes aviões sejam novamente estudados com vantagens mais significativas e mais eficazes, tendo em consideração as preocupações ambientais.
Fontes:
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